20 graus

Quando fui fazer o visto, a assessoria que ajuda a montar a papelada me disse que iam achar estranho, no consulado, eu querer vir em fevereiro e que, se perguntassem, era pra dizer que blablabla...
Nao perguntaram, mas se perguntassem, agora diria que queria vir tomar um sol aqui. Pô, ontem fez 20 graus!


Impressões gerais:

- americanos variam entre o profundo mau humor e a extrema boa educação;
- come-se bem em qualquer carrocinha de esquina. Finalmente entendi o que é um bom cachorro quente!;
- mas o lance mesmo são as "delis". Uma espécie de fruteira que tem sempre uns sanduiches novissimos e cheios de coisa. "Fruteira" é bom...
- como diz o Nede, o que parece doce é salgado, o que parece salgado é doce, e, no geral, tudo é meio misturado mesmo;
- ao contrário do que diz o Nede, as americanas sao muito bonitas. Negras entao... Impressionante! Mas pelo bem da minha saúde (quase sempre tem um daqueles jogadores de basquete de 2 metros ao lado), nao olho, nao vejo, nao sei!;
- como diz o Clovis Rossi, Wall Street é mesmo uma ruazinha. Desgraça de ruazinha...;
- batateei tanto que só cheguei no MoMA ontem pelas 3 da tarde. Como fecha 5:30, resolvi deixar para ir hoje. Mas olhei tudo em volta. E batizei o banheiro, lógico! :) Alias, tem uma exposicao sobre a fotografia na imprensa. Tô muito curioso!;
- a cidade tá preparada para o Valentine's Day. Corações pululam por todo lado. Dia dos namorados é dia dos namorados em qualquer lugar!;
- vi em um programa de TV uma entrevista com a tripulação do aviao que amerrisou (mazah!!!) no rio Hudson. Que loucura!;
- café em copos é uma tradição. Em média custam 2 dolares um copo grande, de papel, com tampinha. Todo mundo bebe isso na rua. Fui jantar em um lugar ontem (Empire Diners). Lugar bacana e simples, no Chelsea. Tomei duas cervejas e comi um bife com pimentas e batatas (que era um hamburguer, descobri tarde): 33 dolares. Alias, depois passei na frente (e entrei) no Chelsea Hotel. A Taiane certamente sabe do que tô falando ;) ;
- comprei dois livros, 3 cds: um da patti smith, um de jazz (Hank qualquer coisa) e um disco do Buddy Guy que tava devendo pro meu cunhado Marcelo. Um livro do Walker Evans (os retratos que ele fazia no metro com uma maquina escondida) e um livro do Garry Winogrand (as suas "paisagens").


auto-retrato distorcido (uma redundância)


na frente da biblioteca publica


East Upper Side. Chique lá.


Talvez não tanto...


Wall Street. Ela passava e neguinho fazia fiufiu. Somos todos iguais!


"Não encha!" ;)